Como o design thinking ajuda a organizar o caos criativo?

Imagine um sistema que combina criatividade, empatia e experimentação para resolver problemas e desenvolver soluções funcionais. Pronto, agora você tem uma breve noção do que é o Design Thinking (DT).

Apesar da ideia de inovação estar no radar de muitos especialistas, tirar o conceito do papel e materializá-lo é um longo processo, cheio de etapas. É por isso que neste artigo você vai aprender o que é DT e como ele ajuda a estruturar o caótico processo criativo.

Se você é designer ou responsável pelo departamento de marketing da sua empresa e precisa de uma ajuda para direcionar seus projetos, continue a leitura!

O que é design thinking?

Design thinking é uma abordagem que organiza processos criativos, envolvendo empatia, colaboração e inovação. Trata-se de um modo de pensar e agir, e seu intuito é estimular o pensamento de forma estruturada para diversas aplicações — nesse texto vamos nos concentrar em projetos de marketing, mais especificamente design e branding.

O DT envolve a aplicação de métodos e ferramentas, mas não é um método ou uma ferramenta em si. Trata-se de um conceito flexível para diferentes contextos, ou seja, não funciona como uma receita de bolo, combinado? Isso significa que ele, por si só, não vai dar conta de resolver problemas, é um guia.

Entenda o sistema duplo diamante no design thinking

Processos criativos não são lineares, tampouco estáticos, e você deve saber muito bem disso! O percurso, que vai desde o surgimento de uma ideia até a sua concepção, pode ser bastante desordenado, pode avançar e depois retroceder, podem surgir novas informações ao longo do caminho e por aí vai.

Acontece que alguns princípios do design thinking ajudam a orientar esse movimento e torná-lo mais estruturado. Isso é o que está esquematizado no sistema duplo diamante. O sistema estabelece uma ordem para o processo de DT e é composto por duas etapas principais, divididas em duas fases cada.

Observe a imagem:

O Duplo Diamante é um sistema para estruturar o processo de Design Thinking.

Agora, vamos entender o que cada etapa significa.

1. Imersão

A fase inicial, de imersão, é quando os envolvidos procuram entender o problema. Aqui, entra um pilar muito importante do DT, que é a empatia, o momento de conhecer e compreender as necessidades do público-alvo para o qual uma solução está sendo pensada.

Na prática, imersão é sinônimo de aprofundamento em informações relevantes. Isso envolve pesquisas, entrevistas, análises de feedbacks e o que mais tiver fundamento e for útil para compreender o desafio e gerar os primeiros insights.

A imersão é importante para estabelecer uma visão clara do desafio e direcionar todo o processo.

2. Ideação

A partir da imersão, as ideias começam a surgir e é justamente isso que queremos neste momento: dar liberdade para os mais diversos tipos de soluções. É essencial contar com uma liderança para gerir esse brainstorming, alguém que traga objetividade para o exercício.

3. Prototipação

Nessa fase, as ideias mais promissoras são selecionadas e transformadas em protótipos tangíveis, seja ele digital ou físico.

O objetivo principal da prototipação é criar algo que possa ser testado. Após isso, entra o momento de análises, ajustes, novo teste… e o ciclo se repete até que tenhamos uma boa solução.

4. Desenvolvimento

Uma vez validada a solução, a equipe pode seguir com o desenvolvimento, que se dá conforme as otimizações identificadas na fase de testes.

Bom, até aqui deu para ter uma noção da estrutura que envolve o design thinking. Agora resta saber como isso pode ser aplicado na prática. Veja três ferramentas que podem ser muito úteis nesse processo.

3 ferramentas para design thinking

Você se lembra que o design thinking é uma abordagem, e não um método, certo? Pois bem, a seguir, você vai conhecer algumas das ferramentas mais utilizadas para torná-lo mais prático, visual e eficaz.

1. Mapa da empatia

O mapa da empatia é uma ferramenta que ajuda a compreender melhor as necessidades, desejos, motivações e frustrações de uma persona. Sendo uma representação visual, ele é dividido em seções:

  • O que o usuário pensa e sente;
  • O que o usuário vê;
  • O que o usuário ouve;
  • Quais são suas dores;
  • Quais são seus objetivos.

Assim seria um mapa da empatia:

O Mapa da Empatia é uma ferramenta que ajuda a compreender melhor as necessidades, desejos, motivações e frustrações do público-alvo.

Para elaborar um mapa da empatia, você pode usar plataformas como Lucidspark e Miro.

2. Brainstorm

A chuva de ideias é uma prática realizada em grupo, na qual as pessoas são estimuladas a compartilhar livremente suas ideias, sem críticas ou julgamentos. Afinal, a troca humana é uma das partes mais importantes de um processo criativo, concorda? Sem ela, as ferramentas e conceitos se tornam vagos e robotizados.

O objetivo desse exercício é reunir o máximo possível de sugestões para que a equipe explore diferentes perspectivas. O brainstorm entra na parte de ideação, que consiste na segunda etapa do design thinking.

3. Big data

Por fim, precisamos lembrar da importância dos dados e da visão analítica sobre eles. Uma cultura orientada a dados é extremamente útil ao DT, já que as decisões devem ser tomadas com base em informações concretas.

É por isso que o branding trabalha com pesquisas, assim, não há espaço para suposições no desenvolvimento de uma marca.

Ferramentas de big data permitem identificar tendências, preferências e padrões comportamentais, o que orienta a tomada de decisões.

Como o design thinking ajuda a estruturar o caos criativo?

Após ler o texto, ficou evidente que o DT auxilia na estruturação do processo criativo. Isso acontece mesmo que as etapas não sejam estáticas, o importante é entender como aplicar o sistema caso a caso.

O grande ponto da questão é que, ao lidar com problemas complexos e desafios mal definidos, é comum que haja um alto grau de incerteza e uma infinidade de ideias e possibilidades, geralmente desorganizadas. 

Nesses casos, o design thinking fornece um conjunto de diretrizes e etapas claras para orientar o processo criativo, ajudando a organizar e direcionar o pensamento criativo de forma mais eficaz.

Dessa maneira, todos os envolvidos no projeto têm uma visão mais objetiva das soluções e ideias que vão surgindo. Além disso, eles conseguem saber qual é a viabilidade das ideias, qual o próximo passo a ser dado e o que precisa ser melhorado antes de lançar a solução no mercado.

No geral, é a pedida perfeita para promover colaboração, criatividade e inovação, ordenando o caos criativo.

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